20 de maio - Dia Internacional da PESQUISA CLÍNICA
No dia 20 de maio comemorou-se o Dia Internacional da Pesquisa Clínica. Essa comemoração anual reforça a importância de se fazer ciência para inspirar e transformar vidas através do conhecimento.
O termo “Pesquisa Clínica”, por conceito definido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), diz que pesquisa clínica trata-se da obtenção de dados de seres humanos com o objetivo de descobrir ou confirmar os efeitos clínicos e farmacológicos de produtos investigacionais, a fim de verificar sua eficácia e segurança.
É através de avanços promovidos pelas pesquisas clínicas, no Brasil e no mundo, que se torna possível o ganho de qualidade de vida e de tratamento aos pacientes, com os mais variados tipos de enfermidades.
A origem da pesquisa clínica
O primeiro registro conhecido de ensaio clínico foi em maio de 1747, feito por James Lind, cirurgião escocês da Marinha Real Britânica. Durante uma patrulha feita no Canal da Mancha, Lind começou a perceber que muitos marinheiros estavam morrendo, provavelmente de escorbuto (grave deficiência de vitamina C no organismo). E então, com o intuito de comprovar sua teoria de que não se tratava de uma doença contagiosa, o médico separou um grupo de doze homens doentes e, destes doze, dividiu novamente em grupos menores de duas pessoas cada, e deu-lhes exatamente a mesma dieta alimentícia. Porém, em cada dupla ele acrescentou elementos diferentes: a dois ele deu cidra, a outros dois deu vinagre, depois água do mar, elixir de vitríolo, sementes de noz-moscada, mistura de alho, mostarda, bálsamo do Peru e mirra, e por fim laranjas e limões. Ao final de seis dias, James Lind percebeu que a dupla que recebeu as laranjas e limões estavam bem melhores que os outros.
O experimento ficou registrado em seu livro “A Treatise of Scurvy” publicado em 1753. E desde então, os padrões dos ensaios clínicos evoluem constantemente para promoção da saúde, segurança e bem-estar dos pacientes, ajudando assim a salvar vidas.
A pesquisa clínica nos tempos atuais
A importância da pesquisa clínica tornou-se mais evidente para toda a comunidade após o início da pandemia da Covid-19, que impactou não somente todo o sistema de saúde, mas principalmente a vida das pessoas. E em meio a um cenário sem nenhuma informação sobre como essa doença poderia ser tratada, os estudos clínicos surgiram para trazer resposta ao corpo clínico e também à população.
E não só trouxe avanços científicos e melhoria de tratamento para os pacientes, como também proporcionou uma mudança positiva na percepção da população quanto à disseminação de conhecimento baseado em evidências.
A pesquisa clínica da Santa Casa de Passos
A participação da Santa Casa em estudos clínicos iniciou-se em 2016, mas intensificou-se principalmente no ano de 2020 com a pandemia.
O hospital participou de 11 pesquisas clínicas sobre o tema, nacionais e internacionais, em parceria com grandes hospitais do Brasil e Centros de Pesquisa do mundo, como Hospital Albert Einstein, Hospital Sírio Libanês, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, IQVIA e BCRI. E destas pesquisas, grandes artigos que contribuíram para a comunidade médica no tratamento do Sars-Cov-2 levaram o nome da Santa Casa de Passos no hall de centros participantes.
Hoje, o Centro de Pesquisa possui 17 estudos em andamento, nas mais diversas áreas terapêuticas, como cardiologia, infectologia, oncologia, nefrologia e terapia intensiva, além do trabalho nas linhas de pesquisa do hospital: Ginecologia e Obstetrícia, Oncologia, Cardiovascular e Sepse.
Caso tenha interesse em saber mais ou gostaria de ser comunicado sobre os estudos em andamento para participação, entre em contato conosco:
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